O Partido dos Trabalhadores (PT) de Dourados oficializou a inscrição da chapa “PT Dourados com raízes no povo e olhos no futuro” para o Processo de Eleição Direta (PED) 2025, que definirá a nova direção municipal da legenda. 2g624r
A candidatura de Rosa Dantas representa um marco na história do PT em Dourados porque é a primeira vez que uma mulher disputa o cargo máximo do diretório local.
A confirmação da candidatura foi feita pela Secretaria de Organização do PT, logo após o encerramento do prazo de inscrições, na última sexta-feira, 2 de maio.
Com mais de três mil filiados, Dourados é considerada uma cidade estratégica no cenário político do Mato Grosso do Sul.
A chapa é composta por 56 nomes que concorrem ao Diretório Municipal, Conselho Fiscal e Comissão de Ética e Disciplina. A proposta política apresentada destaca o compromisso com uma gestão participativa, plural e conectada com os desafios atuais da cidade e do partido.
A construção da chapa foi pautada por critérios de paridade de gênero, cotas étnico-raciais e de juventude e contou com o apoio de todas as correntes internas do PT em Dourados, incluindo CNB (Construindo um Novo Brasil), Articulação de Esquerda (AE), Democracia Socialista (DS), Grupo dos Independentes, Núcleo Universitário e o mandato do vereador Franklin.
Rosa Dantas é doutora em Educação e mestre em Letras pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), onde atua como servidora desde 2010. Graduada e especialista em Letras pela UEMS, Rosa tem uma trajetória marcada pelo engajamento social e político.
Já foi dirigente sindical no SINTEF (Sindicato dos técnicos da UFGD), coordenadora da Associação de Pós-Graduandos da UFGD e é uma das fundadoras da Associação de Voluntários do Hospital Universitário.
No PT, a candidata integra o Diretório Municipal pela segunda vez, faz parte da Executiva, da Secretaria Municipal de Comunicação e da Secretaria Municipal de Mulheres.
Também coordenou campanhas eleitorais importantes, como a do Senado em 2022 e a disputa pela prefeitura em 2024, além de ter papel decisivo na formação da chapa da sigla para a Câmara de Vereadores.
O PED 2025 marca o retorno do modelo de eleições diretas no PT após 12 anos. Além das disputas municipais, o processo também definirá as novas direções estaduais e nacionais do partido.
No Mato Grosso do Sul, concorrem à presidência estadual o deputado federal Vander Loubet e o atual vice-presidente do PT-MS,
Humberto Amaducci. No plano nacional, cinco nomes estão na disputa, representando diferentes correntes internas: Edinho Silva (CNB), Valter Pomar (AE), Romênio Pereira (Movimento PT), Rui Falcão (Novo Rumo) e Washington Quaquá (CNB dissidente)
A eleição está prevista para ocorrer no dia 6 de julho com participação direta dos filiados em todo o país.
Chapa “PT Dourados com raízes no povo e olhos no futuro”
A militância do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras de Dourados, organizada nas forças políticas CNB (Construindo um Novo Brasil), AE (Articulação de Esquerda), DS (Democracia Socialista), Grupo dos Independentes, Núcleo Universitário e Mandato do Vereador Franklin, apresenta a chapa “PT Dourados com raízes no povo e olhos no futuro” para a disputa da Direção Municipal Partidária de Dourados, no Processo de Eleição Direta (PED) de 2025.
A tese, apresentada a seguir, para o período de quatro anos, parte de uma análise de conjuntura municipal, estadual e nacional. Com base nesse cenário, propomos uma série de ações que orientarão a organização partidária, preparando-nos para as eleições de 2026 e 2028, tema do terceiro tópico. Encerramos com a apresentação da chapa candidata à Direção Municipal, Comissão de Ética e Disciplina e Conselho Fiscal comprometida em transformar essas ações em realidade, de forma coletiva, junto à militância petista de Dourados.
- Conjuntura
1.1 Conjuntura municipal
Dourados é a maior cidade do interior do Mato Grosso do Sul. Nas últimas décadas, busca superar o binômio agricultura/pecuária e se tornou um polo regional para 33 municípios da região sul do estado. - A cidade é centro referência na oferta de serviços de saúde e educação e no setor comercial, contando com a Universidade Federal da Grande Dourados, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e o Instituto Federal.
- A população de Dourados é diversifi cada, possui uma das maiores populações indígena urbana do Brasil, com mais de 20 mil pessoas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena, além de quilombolas, migrantes de várias regiões do país, além de colônias de estrangeiros, como as comunidades paraguaia, japonesa, sírio-libanesa e, mais recentemente, haitiana e venezuelana.
- Apesar de sua posição econômica e riqueza cultural, o sentimento da população de Dourados e região1 em relação aos últimos governos municipais é de abandono.
- O atendimento precário na saúde, a falta de vagas nas escolas, o transporte público insufi ciente e de má qualidade, e a total falta de manutenção das vias públicas explicam, em parte, por que os últimos mandatários não conseguiram se reeleger.
- Os prefeitos, vinculados a partidos de direita, como o último e o atual (PP e PSDB, respectivamente), governam apenas para atender a elite do agronegócio e empresários, ignorando a população sem moradia e as mulheres e crianças das periferias.
- O descaso é ainda maior quando se trata dos povos Guarani, Kaiowá e Terena, que sequer possuem água potável, indispensável à 1 Devido à posição de polo regional de Dourados que infl uencia o desenvolvimento de todaregião.
- A vida, ou seja, não são tratados como cidadãos. Quando se manifestam e denunciam essa situação, são atacados pela polícia militar sob comando do governador Riedel.
- Diferente do período em que a cidade foi istrada pelo Partido dos Trabalhadores e Trabalhadoras, nos dois mandatos do Prefeito Laerte Tetila (2001-2008).
- Durante sua gestão, foram realizadas ações signifi cativas, como a criação do Hospital da Mulher, do Hospital Universitário e do Hospital da Urgência e Trauma (denominado posteriormente como Hospital da Vida).
- Na área de educação, houve a construção de escolas e CEIMs e a criação da UFGD. Nas aldeias, foram construídas casas e escolas, além da implantação do primeiro CRAS indígena e a ampliação da rede de abastecimento de água.
- Nesse período, o PT contou com parlamentares na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa e, na Câmara Municipal, chegou a ter quatro vereadores.
- Após 2009, começamos a perder espaços e, a partir de 2017, por duas legislaturas, contamos apenas com o vereador Elias Ishy.
- Nas eleições de 2018 e 2020, enfrentamos tempos difíceis, marcados pelo bolsonarismo, antipetismo e pandemia. Já em 2022, novas lideranças se fi rmaram, e amos a contar com a Deputada Estadual Gleice Jane, a primeira mulher do PT na Assembleia Legislativa.
- Outro avanço ocorreu em 2024, com a candidatura de Tiago e Tetila à prefeitura, e com uma chapa potente e diversa de candidatas e candidatos à vereança, obtendo resultados eleitorais mais animadores, como a reeleição de Elias e a eleição de Franklin, o segundo mais bem votado da Câmara.
- Nos últimos quatro anos, o partido tem registrado um aumento nas fi liações e a consolidação de novas lideranças.
- No entanto, ainda enfrentamos desafi os signifi cativos, como a necessidade de melhorar nossa comunicação, especialmente com a juventude e a periferia, tornar mais orgânica a vida comunitária e a própria organização partidária.
- Portanto, é essencial formar e capacitar nossa militância, estabelecer vínculos mais fortes e presença nos diversos territórios que compõem Dourados, além de investir na nossa organização interna.
- Para garantir o sucesso no projeto eleitoral, é fundamental solidifi car nosso projeto político-partidário por meio da participação ativa da militância.
- 1.2 Conjuntura estadual
Mato Grosso do Sul possui a maior concentração de terras do país, evidenciando o histórico controle político exercido pelas oligarquias rurais. - Atualmente, esse poder permanece nas mãos das elites do agronegócio, representadas pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), que conduzem um processo contínuo de exploração social e ambiental.
- Esse modelo reforça a opressão contra a classe trabalhadora, mulheres, pessoas negras, LGBTQIAPN+, povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e trabalhadores do campo, ao mesmo tempo em que promove a destruição dos biomas do Cerrado e do Pantanal.
- A enorme desigualdade gerada pela concentração de riquezas no campo esconde a realidade brutal enfrentada por quem resiste ao avanço do agronegócio – como os Guarani e
Kaiowá, que seguem firmes em suas retomadas e na luta por direitos básicos como a água, e também as famílias acampadas que lutam pela Reforma Agrária. - Essa ofensiva sobre os territórios e sobre a natureza é vendida à sociedade como um “custo inevitável” do progresso.
- O Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Mato Grosso do Sul tem a responsabilidade de ser uma resposta fi rme e popular às múltiplas crises que afetam o estado — econômica, social, política, ambiental e ética.
- Como aliado histórico das lutas do povo, o partido reafi rma seu compromisso com a demarcação integral dos territórios indígenas, rejeita a tese do Marco Temporal e defende a construção de políticas públicas com participação direta das comunidades tradicionais.
- O PT também se coloca ao lado da Reforma Agrária e da luta dos povos do campo por terra e dignidade.
- Seguimos fi rmes na trincheira em defesa dos direitos sociais.
- Na educação, lutamos por uma escola pública, gratuita, democrática e de qualidade, ível a todas e todos, resistindo às investidas privatistas e à militarização do ensino.
- Reafi rmamos, também, a centralidade dos serviços públicos como pilares da cidadania — em especial o SUS e o SUAS, fundamentais para a promoção da saúde, da proteção social e da dignidade humana.
- Nosso partido assume com determinação o combate a todas as formas de opressão: enfrentamos o machismo, o racismo, a LGBTfobia e o capacitismo, comprometidos com a construção de uma sociedade verdadeiramente justa, plural e inclusiva.
- Diante da nossa trajetória, profundamente enraizada nas lutas do povo sul-mato-grossense, defendemos a urgente reavaliação da permanência do PT na base do governo Riedel.
- É fundamental que essa decisão seja tomada ainda em 2025, a fi m de evitar prejuízos políticos maiores à nossa identidade e coerência partidária.
- Esse debate deve ser construído de forma ampla e democrática, com participação ativa da militância, dos parlamentares e também dos companheiros e companheiras que hoje ocupam funções na gestão estadual.
- Precisamos ser fi éis à nossa história e não permitir que o PT seja confundido com projetos que reproduzem opressões, desigualdades e violências.
- Mais do que nunca, é hora de afi rmarmos com coragem o nosso lugar na política: somos parte de um projeto de esquerda, comprometido com a democracia e a justiça social.
- Devemos trabalhar desde já na construção de uma frente popular ampla, com movimentos sociais, sindicatos, juventudes e o campo progressista, e lançar as bases para uma candidatura própria ao governo do estado em 2026 — uma candidatura que expresse os valores do nosso partido e enfrente com firmeza o modelo de exclusão representado pelas elites conservadoras de Mato Grosso do Sul.
- 1.3 Conjuntura nacional
Os governos do PT sempre foram alvo de ataques, mas após a vitória da Presidenta Dilma em 2014, o inconformismo da direita se transformou em mobilização, que levou ao golpe, ofi cialmente impeachment. - Em seguida, houve uma perseguição judicial contra Lula, que resultou em sua prisão. Esse cenário abriu um vácuo político, permitindo a ascensão de Bolsonaro, um governo de extrema direita, marcado pelo facismo e apinhado de militares.
- Para derrotá-lo em 2024, Lula fez um amplo leque de aliados.
- Lula venceu as eleições e, ao assumir pela terceira vez a presidência do Brasil, cumpriu diversos compromissos de apoio. Ele herdou um país que se recuperava das implicações da pandemia e do desmonte promovido pelo seu antecessor em várias áreas sociais.
- O Congresso eleito é extremamente conservador, bem ao gosto do mercado fi nanceiro.
- Além disso, o Congresso atual tem atuado de forma parlamentarista, com mecanismos como as emendas secretas e obrigatórias, que alteram signifi cativamente o processo legislativo.
- O terceiro governo de Lula enfrenta desafi os políticos, econômicos e sociais signifi cativos.
- A relação com um parlamento majoritariamente de direita e extrema-direita difi culta a implementação de mudanças estruturais, tornando a mobilização popular essencial, que só ocorrerá quando a própria militância se fortalecer e tornar-se parte do processo.
- Economicamente, o governo tenta benefi ciar a população de baixa e média renda, mas enfrenta críticas severas, especialmente em relação a políticas fi scais. Socialmente, busca combater a desigualdade e promover inclusão, mas encontra resistência.
- Apesar desses desafi os, o governo Lula 3 tem obtido avanços importantes.
- Entre os pontos positivos, destaca-se a retomada de programas sociais como o Bolsa Família, que tem sido crucial para reduzir a pobreza e a fome.
- Além disso, há esforços signifi cativos na área da educação, com investimentos em escolas e universidades públicas.
- Na saúde, o governo tem trabalhado para melhorar o o aos serviços básicos e fortalecer o SUS.
- Esses esforços demonstram um compromisso contínuo com a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.
- Precisamos de Lula até 2030 para seguirmos avançando na garantia de um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável.
- O principal desafi o para o PT em 2026 é eleger um número maior de deputados/as e senadores/as, especialmente no Mato Grosso do Sul, para evitar a perda da maioria no Senado, o que poderia trazer difi culdades adicionais para um novo mandato de Lula.
- Dourados pode e deve contribuir para essa pauta, elegendo, pelo menos, um/a representante para o Congresso Nacional e para a Assembleia Legislativa.
- Organização Partidária
A organização partidária é fundamental para garantir a democracia interna do nosso partido. A seguir listamos diversas ações essenciais para fortalecer a estrutura e o funcionamento do PT Dourados, promover a refl exão político-ideológica, educar e formar politicamente, e apoiar as lutas populares.
2.1 Instâncias Partidárias
● Reuniões Regulares e Cumprimento Estatutário: Estabelecer um calendário fi xo de reuniões partidárias, com previsão de um ciclo de encontros mensais, para garantir regularidade e disciplina no cumprimento dos dispositivos estatutários.
● Pontualidade e Democracia Interna: Implementar ferramentas de controle interno, como uma plataforma de gestão de agendas, para garantir que todos os membros tenham o às reuniões e possam participar ativamente.
● Condução Horizontal: Incentivar o fortalecimento da tomada de decisões de maneira horizontal, com espaços para que todas as pessoas fi liadas possam expressar suas opiniões, criando comissões de discussões permanentes, por exemplo, de políticas públicas ou da formação partidária.
2.2 Setoriais e Núcleos
● Fortalecimento e Ampliação: Promover a ampliação dos setoriais e núcleos, com a criação de novos espaços que atendam a áreas ainda não contempladas, como um núcleo de comunicação, de saúde, de direitos humanos, entre outros. Os setoriais devem ser constantemente capacitados e incentivados a atuar de forma autônoma, mas sempre alinhados à estratégia central do partido.
● Integração e Sinergia: Estimular a integração entre os diferentes núcleos e setoriais, realizando encontros periódicos que possam compartilhar experiências e fortalecer a atuação coletiva do PT em Dourados.
2.3 Formação Política
● Ação para Novos Filiados e Novas Filiadas: Criar um programa de acolhimento e formação para novos/as fi liados/as, com encontros introdutórios sobre a história do PT, princípios e objetivos do partido, e o contexto político local. Isso ajuda a consolidar o compromisso com o projeto
político desde o início.
● Debates Temáticos Regulares: Organizar ciclos de debates temáticos sobre questões locais e nacionais, estimulando a troca de ideias, o aprofundamento das análises políticas e a construção de propostas concretas para o futuro de Dourados e do estado de MS.
● Capacitação de Dirigentes e Militantes: Realizar capacitações periódicas para dirigentes e militantes com apoio da Fundação Perseu Abramo e outras instâncias de formação, voltadas tanto para a formação política quanto para o aprimoramento das competências técnicas em gestão partidária.
● Formação Coletiva nas Secretarias: Criar grupos de apoio em cada Secretaria, com formações regulares e planos de ação coletiva para garantir que as responsabilidades sejam distribuídas entre a militância, promovendo o aprendizado contínuo e a integração do trabalho.
2.4 Finanças
● Contribuição Partidária: Estabelecer campanhas anuais para reforçar a importância da contribuição partidária como um ato de co-responsabilidade, destacando sua relevância para a manutenção das atividades políticas, como a manutenção da sede, realização de eventos, ações de formação e articulação com movimentos sociais.
● Diversifi cação das Fontes de Receita: Além das contribuições partidárias, buscaremos outras fontes de fi nanciamento como parcerias com entidades sociais, organizações de classe e apoio voluntário, sempre com transparência.
2.5 Mobilização e Comunicação
● Criar um Coletivo de Comunicação: Criar um Coletivo composto por comunicadores/as voluntários/as para dar e à Secretaria de Comunicação e coordenar as ações de comunicação do partido, centralizando a produção de conteúdo, a atualização de redes sociais e a articulação com a imprensa.
● Rede de Comunicadores Populares: Desenvolver um programa de formação de comunicadores populares que incluam habilidades em mídias digitais, rádio comunitária e produção de conteúdos audiovisuais. A ideia é fortalecer
a comunicação do partido na base e nas periferias.
● Plano de Comunicação Digital: Além da reestruturação das redes sociais, implementar campanhas de engajamento digital, como “#PTPresenteNoBairro”, promovendo vídeos e conteúdos interativos com militantes locais, buscando aumentar o engajamento e a interação com a população. ● Campanhas de Base: A criação de campanhas específi cas para fortalecimento da presença do partido em bairros periféricos, escolas e feiras. Um exemplo poderia ser a campanha “PT nas Comunidades”, para mostrar os resultados concretos do governo federal em áreas como saúde, educação e assistência social. Além disso, faremos ações que articulem política e arte, principalmente na comunicação entre os/as jovens das periferias.
2.6 Movimentos Sociais e Sociedade Civil
● Fórum Permanente com Movimentos Populares: Participar ativamente do Comitê de Defesa Popular, estreitando sua relação com as lutas populares e garantindo maior representatividade e ação nas demandas da sociedade civil e ampliando o diálogo com movimentos sociais como MST, sindicatos, coletivos, e juventudes, fortalecendo as pautas de interesse coletivo, como moradia, transporte, educação e saúde.
● Apoio a Lutas Históricas: Reforçar o apoio a lutas históricas, como a demarcação de terras indígenas, regularização dos quilombos, o direito à terra para os/as trabalhadores/as do campo, a promoção da agroecologia como alternativa ao agronegócio predatório e o fi m da violência contra as mulheres, o combate ao racismo e a intolerância religiosa. O PT precisa fortalecer ações concretas e visíveis.
● Inserção em Conselhos Municipais: Incentivar a participação ativa do PT em conselhos municipais, como os de saúde, educação e meio ambiente, para que o partido tenha presença nos espaços de controle social e infl uencie as decisões locais.
2.7 Diálogo entre Partido e Mandatos
● Comunicação: Estabelecer canais permanentes de comunicação entre o partido e seus representantes eleitos, garantindo que as ações legislativas estejam sempre alinhadas com as pautas do PT e com as necessidades da base.
● Transparência: Deve-se garantir também a transparência nas ações dos mandatos, com o envolvimento contínuo da militância na formulação e acompanhamento das propostas e ações dos parlamentares.
● Construção partidária: Os mandatos devem fortalecer o partido, ajudando nas tarefas burocráticas, na divulgação do programa e nas campanhas de fi liação. Devem atuar como multiplicadores das ideias do PT, aproximando a população e ampliando a base de apoio. - Eleições
3.1 Eleições 2026
A eleição presidencial de 2026 será um momento crucial para o futuro do Brasil. Diante da ameaça real de retorno da ultra-direita ao poder, com seu projeto autoritário, antipopular e antinacional, o campo progressista deve se unir em torno da reeleição do presidente Lula. Sua liderança continua sendo essencial para a reconstrução do país, a defesa da democracia, o combate às desigualdades e a retomada de um projeto de desenvolvimento com justiça social. Reeleger Lula é mais do que uma tarefa eleitoral; é um compromisso com a vida, com os direitos do povo e com a preservação das instituições democráticas, frente a um campo conservador que se reorganiza para retomar o poder a qualquer custo.
As eleições de 2026 representam uma oportunidade decisiva para o PT de Mato Grosso do Sul reafi rmar seu compromisso com um projeto de esquerda, popular e democrático. É o momento de construirmos, com ousadia e organização, uma candidatura própria ao governo do estado, enraizada nas lutas sociais, nas periferias, nos territórios indígenas e quilombolas, nos sindicatos e nas juventudes, junto aos trabalhadores do campo e cidade, incluindo aqueles que estão na informalidade e os pequenos empreendedores. Essa candidatura deve representar, com clareza, a alternativa ao modelo conservador e excludente que domina a política estadual há décadas, e ser o centro articulador de uma frente popular ampla, capaz de mobilizar esperanças, disputar corações e mentes e apresentar um novo horizonte para o povo sul-mato-grossense. Entendemos que o atual governo de Eduardo Riedel não representa os interesses da classe trabalhadora, especialmente ao negligenciar os direitos históricos dos povos indígenas e dos trabalhadores rurais sem terra, perpetuando uma lógica excludente. Acreditamos que somente com uma candidatura comprometida com a democracia participativa, a justiça social, a Reforma Agrária e a demarcação e titulação de terras indígenas e quilombolas poderemos avançar na construção de um estado verdadeiramente inclusivo e popular.
É fundamental que o PT de Mato Grosso do Sul amplie sua presença nas casas legislativas, tanto na Câmara Federal quanto na Assembleia Legislativa. Para
isso, precisamos construir candidaturas que representem de forma plural e democrática as diversas realidades do nosso estado. Devemos trabalhar para garantir que as candidaturas à Câmara Federal e à Assembleia sejam representativas em termos de gênero, raça, juventude e regiões do interior, com destaque para as cidades que frequentemente são marginalizadas nas decisões políticas.
Nossa bancada precisa ser mais diversa, refl etindo as lutas das mulheres, das pessoas negras, das juventudes, dos povos indígenas e das comunidades tradicionais. Somente assim poderemos fortalecer nossa atuação política e garantir que os interesses do povo trabalhador, das periferias e das áreas mais distantes do poder sejam efetivamente representados nas principais esferas legislativas do país e do estado.
Na esfera federal, consideramos imprescindível a pré-candidatura do companheiro Vander Loubet ao Senado, não apenas pela sua trajetória nas lutas históricas do nosso partido, mas também pela urgência de fortalecer uma base sólida de apoio ao governo Lula no Congresso Nacional. A candidatura de Vander representa a síntese do compromisso do PT com a democracia, a justiça social e os direitos do povo trabalhador. Trata-se de uma construção coletiva, com força política e enraizamento popular, que deve se fi rmar como um verdadeiro símbolo de resistência contra o avanço do conservadorismo e da extrema direita. Sua presença no Senado será fundamental para que Mato Grosso do Sul tenha uma voz lúcida e em defesa da classe trabalhadora.
3.2 Eleições 2028
Rumo à eleição de 2028, o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras reafi rma seu compromisso com a construção de um projeto popular e democrático. O PT já governou Dourados em momentos cruciais de sua história, demonstrando que é possível realizar uma gestão voltada para as pessoas. Nossa meta é retornar à istração municipal para transformar Dourados em uma cidade fl orida, bem cuidada e acolhedora, com políticas públicas que promovam dignidade, justiça social e desenvolvimento sustentável.
Nosso primeiro o, após as eleições de 2026, será a construção, formação e fortalecimento de pré-candidaturas a prefeito/a, vice-prefeito/a e vereadores/as que sejam viáveis eleitoralmente, enraizadas nas lutas sociais e comprometidas com a transformação estrutural do município. Essas pré-candidaturas devem refl etir a diversidade de Dourados, o maior município do interior do estado, que abriga uma das maiores populações indígenas (Guarani e Kaiowá), além de migrantes, refugiados/as, trabalhadores/as do campo, moradores da periferia urbana, juventude, mulheres, população negra e LGBTQIAPN+. São essas pessoas que devem ser protagonistas na retomada de um projeto de cidade inclusiva e democrática.
Paralelamente, iniciaremos a construção de um programa de governo elaborado com ampla participação popular, por meio de plenárias abertas, escutas territoriais e temáticas nos bairros, assentamentos, aldeias, distritos e comunidades rurais, garantindo que as propostas refl itam as reais necessidades da população douradense. Essa escuta ativa será a base de um projeto transformador, voltado ao enfrentamento das desigualdades, à valorização dos serviços públicos e ao fortalecimento da soberania popular.
Entendemos também que a vitória em 2028 exigirá a formação de alianças táticas com partidos do campo progressista, que compartilhem nosso compromisso com a democracia, os direitos sociais e o desenvolvimento com justiça. Essas alianças, fi rmadas com base em princípios programáticos e objetivos comuns, serão estratégicas para derrotar o conservadorismo que hoje domina o cenário político local e estadual.
Por fi m, após 2026, organizaremos comissões de campanha, jurídicas e de mobilização, que garantirão estrutura, legalidade, comunicação efi ciente e presença nos territórios. A preparação antecipada e planejada será fundamental para sustentar uma campanha combativa, propositiva e conectada com os anseios do povo de Dourados. É com coragem, organização e esperança que o PT se prepara para disputar e vencer as eleições de 2028, construindo lado a lado com o povo uma nova história para a nossa cidade.
Investir na nossa organização é uma tarefa urgente para voltarmos a governar Dourados em 2029, realizando uma istração voltada para as necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras, democratizando o o aos bens e serviços, promovendo a solidariedade e a participação. - Apresentação da candidatura à Direção Municipal, Conselho Fiscal, Comissão de Ética e Disciplina e Delegação
4.1 Presidência
A candidatura de Rosa Dantas à presidência do PT Dourados marca um momento histórico, oferecendo a oportunidade de eleger a primeira mulher para liderar o Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em Dourados. Rosa personifi ca a renovação para o partido, trazendo consigo força e determinação para liderar o PT Dourados. Com um histórico educacional que vai do ensino fundamental à pós-graduação exclusivamente na educação pública, Rosa é Doutora em Educação pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Mestra em Letras pela UFGD, Especialista e Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
Rosa é servidora técnico-istrativa de nível superior da UFGD, onde trabalha desde 2010, já atuou como dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais – SINTEF, coordenadora da
Associação de Pós-Graduação da UFGD e uma das fundadoras da Associação de Voluntários do Hospital Universitário. No PT Dourados, Rosa integra o Diretório pela segunda vez, pertence à Executiva Municipal, à Secretaria Municipal de Mulheres do PT, coordenou a campanha ao Senado do PT em 2022 e à prefeitura em 2024, além de ter desempenhado um papel decisivo na formação e apoio à chapa para a disputa pela Câmara de Vereadores em 2024.
4.2 Composição do Diretório, Conselho Fiscal e Comissão de Ética e Disciplina
A construção da chapa (Diretório, Conselho Fiscal e Comissão de Ética e Disciplina) foi um processo de consenso entre as seis forças políticas do PT Dourados (AE, CNB, DS, Independentes, Núcleo Universitário e Mandato Franklin). A escolha de nomes das companheiras e companheiros foi guiada pelo compromisso com a renovação dos quadros e seguiu critérios específi cos para a integração desses membros: disponibilidade de tempo, disposição para participar das ações do PT e envolvimento prévio com as atividades do partido. Além disso, a composição da Direção Municipal cumpre normas estabelecidas pelo regulamento do PED no que se refere à paridade de gênero, cotas de jovens, indígenas e negros/as.
DIRETÓRIO MUNICIPAL
MULHERES
HOMENS
Adelia Lopes
Adilson Crepalde
Antonielle Bezerra
Adriano Firmino Teles
Cássia Barbosa Reis
Amilton Luiz Novaes
Claudia Chanfrin Fabro
Eduardo Miguel Moraes Prestes
Cristiane Terena
Franklin Schmalz da Rosa
Diva Rigatto
João Grandão
Ivoneide Messias da Cruz
João Carlos de Souza
Ivonete Laurinda Ferreira
José Laerte Cecílio Tetila
Ledi Ferla
Juliel Batista
Naara Aragão
Luciano Fernandes
Naiara Fonteles
Natal Ortega
Nedina Roseli Martins Stein
Paulo Alex Sandro Ceni
Noêmia dos Santos Pereira Moura
Rogério dos Santos
Suely Rocha
Ronaldo Ramos
Thaise Barbosa
Silvio Raimundo da Silva
Valesca Luzia Leão Luiz
Walteir Bettoni
CONSELHO FISCAL
MULHERES
HOMENS
Claudia Marques Roma
Francisco Hogacy
Elianna Bianca Donato Carvalheiro
Raimundo da Costa Nery
Eva Patrícia Braga
Raul Lídio Pedroso Verão
Fatima Olivi da Costa
Rodrigo da Silva Bernardes
Karina Rodrigues
Rosemar José Hall
Rosana Alexandre
Victor Pereira do Prado
COMISSÃO DE ÉTICA E DISCIPLINA
MULHERES
HOMENS
Edir Neves Barboza
Adrian Silva de Paula
Iranilde Pedrosa Novaes
Alexandre Soares Gonçalves
Joana Romero
Antonio de Vasconcelos Lima
Rosana Irani Daza de Garcia
Carlos Alberto Longo
Sueli Rodrigues de Oliveira
João Avelino dos Santos Neto
Thays Nogueira da Silva
Marcelo Matias de Almeida
Dourados-MS, 02 de maio de 2025.
Chapa “PT Dourados com raízes no povo e olhos no futuro”